Avanço da ciência chegou a Porto Velho e passa a ser disponibilizado pelo SUS
“São dois medicamentos que já são utilizados, mas que agora vêm em uma dose única, em um só comprimido com dose fixa combinada. Essa medicação é muito importante porque vai facilitar a adesão, vai melhorar a qualidade de vida de quem vive com HIV. Resumindo, é um avanço”, explica a médica infectologista da Semusa, Maiara Cristina.
PÚBLICO-ALVO
A nova fórmula de tratamento ao HIV chegou à rede pública do município neste mês e já começou a ser distribuída para os pacientes. Mas, segundo a médica infectologista, Maiara Cristina, a nova composição não é recomendada para todos os pacientes.
“Inicialmente, esse medicamento está disponível para pessoas que já faziam o uso da medicação em três comprimidos e que têm mais de 50 anos. Para pacientes que diagnosticaram o vírus recentemente, o tratamento recomendado é outro”, relata a médica.
O uso correto dessas medicações, aliado aos cuidados com a saúde, prática de atividades físicas, entre outros, são ações assertivas no controle ao HIV. Uma pessoa que segue a orientação médica corretamente e atinge a carga viral do HIV indetectável não transmite o vírus e pode viver com qualidade de vida.
Considerado um avanço na ciência, o novo medicamento já está disponível na farmácia do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), da Prefeitura de Porto Velho. Para retirar o remédio, o paciente com HIV precisa passar por consulta médica e ser avaliado quanto à indicação de usá-lo ou não.
PREVENÇÃO
Além disso, a Semusa também oferece métodos de prevenção ao HIV e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). A estratégia é a prevenção combinada, que compõem uma série de ações, além do uso do preservativo, como:
• Testagem regular para o HIV, outras IST e hepatites virais;
• Tratamento das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais;
• Vacinação para as hepatites A e B, e HPV;
• Profilaxia pré-exposição (PrEP); e
• Profilaxia pós-exposição (PEP).
De acordo com a médica infectologista, Maiara Cristina, essa combinação de diferentes métodos de prevenção é eficaz para prevenir novas infecções, mas também para dar acesso ao diagnóstico e tratamento precoce das ISTs.
“A testagem periódica, o uso de preservativos e também da PrEP e PEP, para quem está mais vulnerável ao HIV, e a vacinação contra as hepatites são ferramentas assertivas no combate às ISTs. O melhor de tudo é que todos esses métodos são oferecidos gratuitamente pelo SUS”, relata a médica.